Como Começar a Ilustrar Sem Gastar Muito
- Ingrid Osternack
- 13 de jun.
- 3 min de leitura
Atualizado: 19 de jun.

Ilustrar não precisa ser algo caro — e muito menos um luxo reservado a quem tem prateleiras cheias de materiais importados. Se você está começando agora, com vontade de desenhar e contar histórias visuais, esse texto é para você.
1. Comece com o que tem em casa
Você não precisa de uma mesa digitalizadora nem de marcadores profissionais para dar os primeiros passos. Algumas ferramentas simples e acessíveis são mais do que suficientes para iniciar sua jornada:
Lápis e papéis
Lápis grafite comum (HB, 2B ou 4B já servem muito bem)
Alguns papéis excelentes não custam muito, tem preço bem acessível, como o papel Canson, desses tipos:
https://amzn.to/4kQSvZi (Inclusive, esse é o que uso para desenhar. Para ilustrar com tinta, eu uso outro, que vou colocar aqui na lista também)
Lápis de cor bom e barato. Você pode escolher tanto o permanente quanto o aquarelável. Veja as duas opções:
https://amzn.to/3FU17zl - Aquarelável
https://amzn.to/45Rtdpq - Aquarelável
https://amzn.to/45iDjzq - Permanente
Tinta Aquarela boa e barata
Papel para aquarela bom e barato - https://amzn.to/4l2BaMG
Pincéis para Aquarela
Ou
Tinta Acrílica boa e barata
Pincéis para acrílico
Dica prática: se fez um desenho e não gostou, reaproveite o verso. Esboçar no verso tira a pressão de acertar e te deixa mais livre para experimentar.
E às vezes, o desenho fica tão solto que fica lindo. Eu mesma tenho vários que comecei sem pressão e hoje guardo porque ficaram leves e fluidos, mesmo estando num papel não tão bonito.
2. O desenho começa com o olhar
Não é necessário dominar anatomia nem saber "desenhar bem" logo no início. O mais importante é aprender a observar e traduzir isso para o papel.
E não se preocupe: em ilustração, não é necessário e nem devemos desenhar igual ao real.
A ilustração serve para desenhar o que não existe, o que não é real, o que é imaginário, o que gostaríamos que fosse ou existisse, e não o realista. Para isso, existem as fotos.
Aqui vão alguns exercícios simples que você pode fazer agora mesmo:
Contorno cego: observe um objeto e desenhe sem olhar para o papel. Treina o olhar e a coordenação.
Desenho de observação: escolha objetos do seu dia a dia e desenhe com formas simples, como quadrado, círculo, triângulo e retãngulo. Você vai ver como fica bem mais fácil.
Desenho contínuo: desenhe sem tirar o lápis do papel. Um ótimo exercício para soltar o traço.
Desenho com a mão esquerda. No caso dos canhotos, aí é com a direita. E se você for ambidestro(a), aí já não sei. Que tal com as duas, revezando?
O foco não é o resultado final, mas o processo. Quanto mais você observa e desenha, mais seu traço se desenvolve.
3. Um toque de narrativa - para já começar num degrau acima :)
Narrar com imagens é algo que se aprende praticando. Um bom começo é pensar em uma ilustração que não tem apoio do texto para explicar.
Pense que você vai ter que ‘contar uma história’ em um livro sem palavras. Isso ajuda MUITO a desenvolver a narrativa visual.
Faça uma ilustração pensando em passar uma mensagem, uma ideia, uma história/narrativa. Não deixe de colocar o personagem no contexto em que ele está. Não existe filme só com personagem. Sempre tem um ambiente onde ele está inserido.
Conclusão: todo mundo foi iniciante um dia
Você não precisa ter tudo para começar. Só precisa dar o primeiro passo. Desenhar é um caminho de descoberta, e ele pode começar com um lápis simples e até um papel reaproveitado.
Todo mundo pode aprender a desenhar, se desejar. Eu sou prova disso. Não nasci com o chamado ‘talento’ nem aptidão para o desenho.
É nesse espaço pequeno, sem pressão, que a criatividade floresce!
Não espere ter as ferramentas ideais. Comece com o que tem. O mais importante já está com você: o desejo de criar.
E eu acredito que, só de ter vontade, você já tem metade do caminho percorrido!
Ilustrado final de semana!
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