As vantagens e desvantagens da comparação
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As vantagens e desvantagens da comparação

Quando estamos começando, seja numa atividade, numa ideia, em uma nova profissão, ou aprendendo algo, ficamos às vezes frustrados porque não fazemos tão bem quanto alguém que admiramos.


Eu costumo dizer que tudo é um processo. Nunca paramos de aprender. Eu amo aprender e estou sempre estudando, aprendendo coisas novas. Enfim, tudo na vida está em constante mudança, e temos que nos adaptar.


Mas há algo que temos que cuidar, ao tentar aprender qualquer coisa nova, que é evitar a comparação.




Quando olhamos um trabalho de alguma outra pessoa, pensamos: Nossa! Como ele – ou ela – desenha bem! Queria saber desenhar assim. Queria ter esse talento...


Entretanto, ao pensar assim, não estamos considerando o tempo que aquela pessoa passou treinando, estudando... e às vezes desistimos de nossos sonhos porque achamos que ‘não temos jeito para a coisa’, antes mesmo de tentar.


Entretanto, não podemos comparar o “Capítulo 1” de nossa história com o “Capítulo 20” da história de outra pessoa. Cada um tem seu percurso, cada um tem seu tempo.


Comparar o nosso trabalho com o de outras pessoas pode ser ao mesmo tempo motivador como desmotivador.


Se ao comparar o seu trabalho com o de outra pessoa, isso te motiva a aprender mais, buscar mais aperfeiçoamento, aí a comparação está sendo sadia para você.


Porém, se você, ao comparar seu trabalho com o de outras pessoas, se sente desmotivado, com vontade de desistir, a comparação se tornou uma armadilha para você.


Todo mundo passa por isso, em algum momento. O que se deve cuidar é para que isso não acabe paralisando os nossos esforços na jornada rumo ao nosso objetivo.


Quando olhamos alguém que já conquistou o que gostaríamos de conquistar, temos que lembrar duas coisas:


1. Essa pessoa um dia começou exatamente como nós. Ela passou por tudo que estamos passando, ou ainda vamos passar. Ela deu o primeiro passo, ainda que talvez estivesse com medo;


2. Pode parecer no início que, para chegar lá, tem muito chão, há muita coisa para fazer, que é impossível. Chega ao ponto em que até nos sentimos sobrecarregados, só pensando na quantidade de coisas que teríamos que fazer. Mas devemos lembrar que uma caminhada longa começa com o primeiro passo. Isso significa que não temos que dar todos os passos de uma só vez. Mas o importante é começar, dar esse primeiro passo, e depois o segundo... e o terceiro. E se continuarmos, uma hora a gente vai chegar ao milésimo. Mas já imaginou você ter que dar 1000 passos no mesmo momento?


Outra armadilha em que às vezes caímos é em desenhar alguma coisa, constatar que não ficou bom e desistir. Tudo bem se isso aconteceu. É um processo. Não precisamos ficar frustados.


Se você desenhou algo que não gostou, dê um tempo. Esqueça por algumas horas que você desenhou aquilo. Depois volte, aprecie o que fez, o que lhe agradou, pegue uma folha nova de papel e refaça.


Você vai ver como esse exercício é poderoso. O segundo desenho vai ficar muito melhor. Mas, se não ficar, tudo bem. Tente de novo.


E é aí que entra uma grande vantagem da comparação: compare o que você fazia há algum tempo com o que está fazendo agora. Compare o que fez ontem com o que está fazendo hoje.


Pode ser até chato refazer desenhos, mas se pensarmos bem, muitas das invenções que hoje funcionam bem (desde eletrodomésticos até celulares), um dia tiveram seu início de "mais ou menos", e alguém foi aperfeiçoando, mudando aqui, ou ali, até que chegasse ao que é hoje.



Ação prática: Por fim, a sugestão que dou para o primeiro passo é desenhar alguma coisa que você gostaria, e se não resultar no que você queria, dar um tempo. Depois, observe o que não curtiu no seu desenho e repita, alterando as partes que não gostou. Observe, analise. Veja o que você considera bom. o que gostaria de manter e o que gostaria de mudar. E assim, além de estar construindo o seu desenho, estará definindo também seu estilo. :-)

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