Seja o protagonista de sua vida, e não o personagem secundário
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Seja o protagonista de sua vida, e não o personagem secundário



Imagino que, estando aqui agora no meu blog, você já saiba que eu trabalho com literatura infantil, especialmente com ilustrações para livros infantis.


Por esse motivo, às vezes uso analogias da área para falar sobre a vida em geral.


Como dizem, é a arte que imita a vida? Ou é a vida que imita a arte?


Nesse caso, não estou falando somente de artes visuais ou ilustração, mas de todas as ‘artes clássicas’, como arquitetura, escultura, pintura, música, literatura, dança e a chamada sétima arte: o cinema.


Mas vou focar hoje mais em literatura e cinema.


Confesso que é impossível, para mim, ler um livro, ouvir uma música, assistir um filme, ou até mesmo um desenho animado, sem pensar em alguma relação ou aplicação para a minha vida.


Para mim, um livro que ‘fala’ comigo, com a minha vida, com a minha personalidade, faz com que eu me sinta pertencente àquela história. E acho que isso é que faz com que o cinema, por exemplo, seja um tipo de entretenimento tão valorizado.


QUEREMOS empatizar com o protagonista. E se isso não acontece, ou se os acontecimentos são irreais, aquele filme ou livro certamente não será memorável para nós.

Quando lemos ou assistimos um filme, queremos ver o que vai acontecer, torcemos para que o personagem principal, ou protagonista, faça acontecer.


Queremos ação, superação de obstáculos, realização de sonhos. É isso que buscamos quando nos envolvemos em uma história.


Afinal, quem quer assistir um filme onde não acontece nada, ou que o protagonista não tem garra para correr atrás do que quer?


E isso me faz sempre pensar: estou sendo protagonista de minha própria história?

Ou estou ‘deixando rolar a vida’, sendo levada pelos acontecimentos, esperando que algo aconteça que vá mudar a minha vida, com num milagre?


Estou esperando ter mais tempo, mais recursos, um momento perfeito para começar a realizar os meus sonhos?


Ou sou apenas uma personagem secundária no livro ou filme da minha própria vida?

Sou alguém que atua, não importa em que área, de modo a ser vista como uma pessoa que está tomando as rédeas de sua vida em suas próprias mãos?


Ou estou esperando que alguém diga: Venha! Vou te ajudar e aí tudo vai dar certo!

Estou esperando ser ‘descoberta’ por alguém? Esperando que ‘alguém reconheça o meu valor’?


Estou, no mínimo, fazendo alguma coisa para ser descoberta?


Ou, se eu for descoberta como alguém relevante em alguma área, terei alguma coisa para mostrar? Terei produzido, impactado, atuado de modo que eu seja considerada relevante?


Ao assistir seu próximo filme ou ler seu próximo livro, note como o protagonista passa por uma porção de dificuldades durante a história.


Ele começa com um problema, que intensifica durante a história. Depois, junto a isso vem os desafios, às vezes até traições de conhecidos, gente tentando ‘puxar o tapete’ dele. E aí ele vai até o fundo do poço.


De repente, ele aparece pensando, caminhando, digerindo seus problemas – esse é aquele momento em que a música do filme costuma tocar mais tempo (uns 30 minutos antes do fim).


E então ele tem aquele momento "uau"!


No tempo que ele usou para pensar (certamente mais tempo que os 3 minutos de música), ele refletiu e bolou um plano para resolver o problema dele e:

  1. Conquistar o amor de sua vida

  2. Conquistar o emprego ou a promoção

  3. Realizar o seu sonho de vida

  4. Superar uma doença ou algo que o incomoda

  5. Abrir seu próprio negócio

  6. Realizar a viagem que sempre sonhou

  7. Mostrar que tem valor, mesmo vindo de uma família humilde ou de uma situação de pobreza

  8. Mostrar que a ideia dele tem valor e que pode mudar a vida de muitas pessoas

  9. E por aí vai...

Mas quem faz tudo isso no filme: o protagonista ou o personagem secundário?


Sempre tem personagens secundários nos filmes. E eles aparecem somente em função do que acontece com o protagonista. Eles são levados a fazer alguma coisa em benefício do protagonista, aparecem quando o protagonista aparece – e se aparecem sozinhos, sempre será algo que farão pelos protagonistas.


Se os personagens aparecerem de repente, sem motivo, geralmente é para mostrar que terão, durante a história, algum impacto na vida do protagonista.


Na minha área, vejo muita gente aguardando o momento certo para começar alguma coisa, para começar a escrever seu livro, para começar a ilustrar...


Será que algum dia teremos esse momento perfeito? Será que temos que aguardar algo acontecer para começarmos a atuar em beneficio de nossos sonhos? Ou devemos começar a olhar de forma a agarrar toda oportunidade, como se fosse a última (ou a única)?


A vida é curta. E precisamos agir em favor de nós mesmos. Precisamos correr atrás do que queremos, pois cada um tem seus desafios e objetivos.


Lembre-se: para as outras pessoas, você é um personagem secundário na vida delas. Elas são as protagonistas. Elas não vão colocar você em primeiro lugar, a não ser que isso seja algo para impactar a história delas mesmas!


Algumas pessoas estão atuando como protagonistas, de fato. Mas há aqueles que atuam, em suas próprias vidas, como personagens secundários, deixando a vida levar, e às vezes, até trabalhando pelo sonho de outra pessoa.


Ser protagonista de sua própria história é assumir o controle de sua própria vida. É não responsabilizar a sociedade, os parentes, os pais e qualquer outra pessoa ou situação por sua vida.


Ser protagonista é assumir a responsabilidade do que acontece conosco. É atuar de forma a não deixar o que acontece conosco nos abater.


Sim, vivemos em sociedade e nem sempre as coisas vão acontecer como queremos. Problemas e desafios virão. Nem sempre seremos reconhecidos pelo nosso valor e nem sempre as circunstâncias serão a nosso favor.


Mas não devemos desistir. Quem espera, sempre alcança.


Quem persiste, pode vencer ou não. Mas quem não persistir, já perdeu.


Assim como num filme onde TUDO acontece de errado para o personagem principal, em nossas vidas teremos muitos desafios. Muitos mesmo.


Mas devemos encarar como obstáculos que podem ser superados. Como nos games, quanto mais obstáculos, mais alto o nível e maior a recompensa (mais moedinhas também?).


Na verdade, se não houver obstáculos, lutas, problemas, dificuldades a serem superadas, não empatizamos com o personagem. Já notou?


Se a luta para exterminar o malvadão durar pouco, dizemos: Ah! Que sem graça! Foi muito fácil!


Não é verdade que se um protagonista não tem desafios, não torcemos por ele? Queremos ver personagens com coragem, com garra, sem com medo, mas indo à luta.


Somos humanos e não queremos personagens perfeitos. Queremos protagonistas que tenham falhas ou fraquezas. Do contrário, não empatizamos. Até o Super Homem tem suas fraquezas: a criptonita e, é claro, a Lois Lane. Ele não vai atacar o Lex Luthor se colocar a Lois em risco, né?


Às vezes, o que queremos é até ver o personagem medrosão enfrentar desafios para aprender a não ter medo. Não é assim?


Ah! Essas histórias em que há mudança interna são as minhas preferidas.


Ou então aquelas em que a pessoa é insegura com relação a alguma coisa, mas de repente, depois de um acontecimento, que a deixou lá no fundo do poço, ela busca forças para recomeçar. Às vezes, foi algo que ela ouviu e mudou sua mentalidade (ressignificou seu pensamento), ou algo que ela fez e viu que tinha capacidade, surpreendendo a si mesma. E percebe que, se ela mesma não for à luta, o que ela quer não irá acontecer. Em filmes, queremos que as pessoas busquem essa realização.


Mas, e na vida real?


Muitas vezes, temos receio de que as pessoas nos julguem, nos chamem de malucos.

Note que, se alguém se destaca em algo, e ainda não chegou lá, é visto como maluco. Mas espere ele ficar famoso – ou bem sucedido - para ver como ele, de repente, se torna um visionário.

É fato que nem todos podem ser protagonistas num filme. Tem que ter personagens secundários, e é preciso ter figurantes.


Mas nós podemos, pelo menos, ser protagonistas de nossa própria história.


Para um dia, ao olharmos para trás, dizer com orgulho: valeu a pena meu esforço!

Para isso, é importante decidir o que queremos ser, não somente com palavras, mas com planejamento e ações.


Ações com data marcada, pois como sempre digo: o objetivo é um sonho com data marcada para acontecer.


E, então, dar um final bem feliz à nossa história!


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Não perca, amanhã, sábado, dia 1º de Outubro, lançamento do livro “A Princesa Naselda”, escrito e ilustrado por mim.

Naselda é a protagonista da história que busca solução para um problema. Venha descobrir como essa história termina!

Saiba mais AQUI!


Serviço: Lançamento “A Princesa Naselda” Dia: 1º de outubro Horário: das 11h às 13h. Local: Biblioteca Pública do Paraná (R. Cândido Lopes, 133 – Centro). Atividades interativas: Oficina artística com a autora e ilustradora Ingrid Osternack: 11h15 às 11h45. Contação de histórias com Companhia Girolê: 12h às 12h30. Sessão de autógrafos: das 12h30 às 13h.

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